terça-feira, 9 de dezembro de 2008
"A Whiter Shade of Pale"
As raparigas daquela época começavam a libertar-se, mas algumas eram ainda eram muito pudicas, e mesmo as que estavam ali porque o namorado estava, ou para arranjar namorado, se ao dançarmos o slow, as apertássemos um pouquinho mais, elas ficavam nervosas e fugiam do “animal”, chegavam-se para o lado contrário não fosse o “bicho” morder-lhes. Eu, e alguns malucos como eu, tínhamos uma táctica para as apanhar. Arranjávamos um rolo interior do papel higiénico, dobrávamo-lo e metíamos no bolso das calças. Ficávamos uns autênticos John Holmes de trazer por casa. Quando começávamos a dançar, ela sentia aquele enchumaço e, como pudica que era, discretamente chegava-se para o lado contrário…onde estava o verdadeiro “animal”…o “bicho” à espera dela. Ganhávamos os dois, nós, os rapazes, tínhamos sentido o que queríamos sentir, e elas tinham fugido do que queriam e deviam fugir.
Ainda hoje penso se não haverá alguma mulher na Madeira que pensa que eu tenho dois animais. Algumas ficavam intrigadas…
Hoje o telemóvel podia substituir o rolo de papel higiénico…só que hoje não se dança o "A Whiter Shade of Pale", e se dançássemos seriam elas que procurariam o “animal”…o “bicho”. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…e ainda bem.
domingo, 14 de setembro de 2008
Mentira
Passo a transcrever o último diálogo que mantivemos... parece surrealismo:
-Parece-me que a tua foto do perfil é um pouco antiga, não tens nenhuma mais recente? ...dizia eu.
-Por acaso tenho uma bem recente....vou mandá-la. E a Rute manda-me a sua foto recente...e eu recebo.
-Não quero conhecer tua mãe, quero conhecer-te a ti.
-Parvo, sou eu.
-ups....estava a brincar, até estás parecida com uma actriz de cinema.
-Uau, qual?
-Com a Zsa Zsa Gabor...
-Não conheço...
-Mas devias, devem ter nascido pela mesma altura... Bem, Rute o que eu queria dizer-te é que a tua foto do perfil parece a foto da primeira comunhão (gosto de exagerar nestes casos para dar mais ênfase à “coisa”).
-E é ...
-Hum... Como?
-Sim, foi tirada no dia da primeira comunhão do meu filho.
-Ah bom...e quantos anos tem o miúdo?
-Acabadinho de fazer 30
-Oh Rute, vai-te lixar...tens um filho com 30 anos e dizes no perfil do hi5 que tens 40 !!!!!!
-Oh pá, eu estou no hi5 desde o início, e nunca me lembrei de actualizar a idade.
-Rute, o hi5 existe há uns 4 ou 5 anos, e a idade é automaticamente actualizada.
-Como assim?
-No dia do teu aniversário o computador actualiza a tua idade, somando mais um ano
-Ah, então deve ser o meu computador que está avariado. Olha vou desligar para levá-lo a arranjar.
-Isso Rute, mas quando deixares o computador a arranjar, deixa também a tua cabeça, só para eles afinarem um pouquinho...
Depois, há aqueles que preferem que lhes mintam desde que isso os afaste da dura realidade. Dou como exemplo uma das mais sensacionais súplicas de amor... Quem viu o filme "Johnny Guitar" lembrar-se-á:
Johnny: How many men have you forgotten?
Vienna: As many women as you've remembered.
Johnny: Don't go away.
Vienna: I haven't moved.
Johnny: Tell me something nice.
Vienna: Sure. What do you want to hear?
Johnny: Lie to me. Tell me all these years you've waited ...
Vienna: All these years I've waited.
Johnny: Tell me you'd have died if I hadn't come back.
Vienna: I would have died if you hadn't come back.
Johnny: Tell me you still love me like I love you.
Vienna: I still love you like you love me.
Johnny: Thanks. Thanks a lot.
...e há os que têm um ego que necessita de massagens...
...e eu digo-vos: Lie to me.
e vcs dizem-me: We like to read you.
...e eu digo-vos: Thanks. Thanks a lot.
sábado, 6 de setembro de 2008
FINITO...
THE END...
FIM...
FINAL
FIN...
FINE...
末端
Tudo o que sobe ...desce
Tudo o que entra ...sai
Tudo o que começa...acaba
Cada vez tenho menos inspiração, menos tempo e menos leitores. Não faz sentido continuar.
Agradeço a todos os que me leram e comentaram os posts. Fiz amigos e, só por isso, valeu a pena ter criado o Nunices...
Continuarei a visitar as vossas "casas" e a deixar os meus comentários.
Como disse a "blueminerva", pode ser que algum dia renasça da cinzas...qual Fenix, completamente anónimo.
Beijos e Abraços
Nuno
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Roleta Russa
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Isabel
Tudo começou com um baralho de cartas pornográfico que um amigo me emprestou e que eu mostrei à Isabel. Acho que ficámos ambos com tesão (eu ficava sempre que via as cartas ) e, palavra puxa palavra, provocação responde a provocação, eu “espicacei” a Isabel dizendo que ela não era capaz de fazer o que as cartas demonstravam, e ela não quis perder aquela disputa e disse-me:
- Isso é o que se vai ver.
Que teria eu que fazer para confirmar aquela afirmação? Simples. Quando toda a gente estivesse a dormir eu “só” teria que aparecer no quarto da Isabel. Ela era a única pessoa que dormia no rés-do-chão, e eu, naquela primeira noite, fui para a cama com meias, para que, quando tivesse que descer a escada, não fizesse o mínimo ruído. Assim foi, nem preguei olho, quando eram umas 4h00 da manhã, lá desci as escadas e fui direito ao quarto da Isabel que me aguardava, ainda que fingisse que dormia. Lembro-me que não tomei iniciativa nenhuma, a Isabel encarregou-se de tudo, despiu-me, despiu-se (excepto as cuequinhas), agarrou onde tinha que agarrar, encaminhou a minha mão para onde tinha que encaminhar, e recordo que a sensação do meu primeiro orgasmo foi de tal ordem que julguei que me estava a dar uma coisa má e que iria morrer. O facto é que ainda hoje continuo com a opinião de que um dia, quando tiver que morrer, que seja com um orgasmo, e quando perguntarem a quem cá ficar, quais foram as minhas últimas palavras, digam a verdade. Ele disse: “Estou a vir-me”.
Eu era o primeiro a sair de casa, estudava no “Caroço” e entrava às 8h00 da manhã, por isso, todos os dias, durante 1 ano e meio, das 4h00 às 7h00, passava a minha vida na cama da Isabel, numa aprendizagem mútua, já que a Isabel, apesar dos 34 anos, tinha ido trabalhar para casa de minha tia muito nova e não creio que as tardes de folga aos domingos lhe dessem uma experiência sexual extraordinária. Assim, lá tentávamos inovar o mais que sabíamos e podíamos, já que a Isabel jamais permitiu que eu a penetrasse na vagina. Dizia que havia um risco muito grande de engravidar, mas eu queria lá saber, quando me subiam os espermatozóides á cabeça e começava a pensar com estes espermatozóides, pouco me importava se engravidava ou não, queria era vir-me. Felizmente a Isabel sempre teve esse bom senso, e nunca permitiu que tal acontecesse, mas nunca evitou que eu tivesse os orgasmos que queria, só que eram onde ela decidia. Se calhar casou virgem.
Como podem compreender, hoje presto uma singela mas sentida homenagem a essa mulher, que para além de ser uma pessoa fantástica... foi uma mulher com importância na minha vida. Foi a primeira mulher que me ouviu dizer: “Estou a vir-me”.
terça-feira, 8 de julho de 2008
Férias






Passaram-se mais de 30 anos entre aquelas férias e as que me esperam em Santorini. Pelo meio ficaram dezenas de férias, em diferentes lugares, com diferentes amigos. Conheci meio mundo, fiquei nos melhores hotéis, visitei as melhores praias, comi nos melhores restaurantes, ...então porque raio continuo a ter saudades do Lido e do Porto Santo? Acho que não é por causa das sandes....
domingo, 29 de junho de 2008
Conceição
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Dezembro

Mas quando chegava aquela altura, havia uma coisa que, pelo menos por um dia, estragava a minha felicidade: a ida ao fotógrafo. Durante Dezembro, minha tia “aperaltava-me” a seu gosto para que fossemos ao Amândio Fotógrafo tirar uns retratos “artísticos”... e vocês já “conhecem” minha tia. Felizmente, o Amândio Fotógrafo era um fantástico fotógrafo e não se nota na foto, mas estou de boina (como a boina era escura, o fundo escuro disfarça um pouco). Pois é, tive que sair de casa com boina, entrar no fotógrafo com boina e ser fotografado...com boina. Como devem calcular, fiquei com um ódio a tudo o que era para colocar na cabeça, de tal forma que só consigo usar os bonés da praia.

sábado, 10 de maio de 2008
Frade
Estava eu na 1ª classe, tinha 6 anos e decorria o ano de 1965. Depois de uns seis meses de aulas de catecismo com a Dª Madalena, fiquei preparadíssimo para a minha primeira comunhão. Posso mesmo afirmar que era um dos mais bem preparados para receber Jesus. A nossa classe teria uns 30 alunos e todos iríamos receber o Santíssimo Sacramento. Convém não esquecer que éramos todos rapazes. Naquela altura a indumentária habitual para estes casos era umas calças brancas, uma camisa branca ( de preferência de seda) com um laço de setim numa das mangas. Era o habitual para todos os meus 29 companheiros de aula que, a partir daquele dia, nos “entregaríamos” a Deus. Para mim, minha tia tinha outros planos. Aquela indumentária era demasiado popular, muito “corriqueira”, o Nuno não podia ir como os outros, tinha que ir diferente. “Mas diferente, como?” perguntava eu ingenuamente. “Já sei, vais de Frade” responde minha tia. Até me ri, com aquilo que eu julgava ser a piada do século . Só me faltou chorar, quando percebi que afinal não era piada. E assim fui eu, naquele dia daquela Semana Santa a caminho da Igreja de S. Pedro ...vestido de frade (as sadálias eram, por si só, uma afronta), para fazer a minha primeira comunhão com o padre Rafael. Ainda me lembro da cara que fizeram os outros 29 companheiros quando me viram chegar naquela “figura”. Na sua ignorância, uns perguntavam-me se eu ia mudar para o seminário, outros se era eu que ia dar a 1ª comunhão... eu limitava-me a dizer que não a tudo, a olhar para minha tia e a pensar que o tal Jesus estava a entrar com o pé esquerdo na minha vida. Tive que suportar as bocas de “Eh pá, o Carnaval já passou, agora estamos na Páscoa” e “ficas bem de saia comprida”...enfim, uma humilhação perante os meus 29 companheiros e familiares.
.jpg)
Depois daquele pesadelo, pensava eu que de humilhações já estava livre. Como estava enganado. Não bastava ser humilhado perante aquelas 100 pessoas naquele dia na Igreja de S. Pedro. Não. Minha tia tinha outros planos para mim. Que tal uma humilhação perante umas 50 mil pessoas? Se bem pensou, mais rápido o fez. Vinha aí a procissão do Corpo de Deus, a mais famosa procissão do Funchal. Quem vai sair na Procissão? O Nuno, claro, vestido de frade. Saí da Sé, percorri meio Funchal apinhado de gente e voltei à Sé. Fui “admirado” por mais de 50 mil pessoas. Penso que a minha decisão de ficar a viver em Lisboa tem algo a ver com o facto de pensar que quando passeasse no Funchal, haveria sempre alguém que diria a outrém, baixinho “aquele foi o miudo que saiu há uns anos na procissão do corpo de Deus vestido de Frade... coitado“.
De uma coisa estou seguro, foi aquela humilhação que decidiu que a minha primeira comunhão fosse também a última.
terça-feira, 6 de maio de 2008
Distinções
Foi também alvo de distinção com “Revolução Colorida” pelo amigo Eduardo – Baby_Boy_Swim, que como eu, vive a experiência da emigração ( se bem que esteja a acabar ) e que pode explicar a razão desta honrosa lembrança: A Solidariedade de emigrante...para emigrante. Não há dúvida que a distinção faz lembrar a nossa querida Ilha da Madeira por alturas da festa da flor. Para o Eduardo, um abraço de agradecimento
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Emigrante
Não tenho vida nem espírito para emigrante, e por isso, regressei a este rectângulo à beira mar plantado para continuar com aquela vida fantástica que se chama trabalho. Ainda estive durante uma semana a trabalhar o bronze, como vos tinha dito, mas aquilo depois começa a arder e torna-se insuportável. Senão vejam:
Depois foram as instalações que nos deram, não me habituei, ficava mareado. Podem comprovar:
Eu, como bom madeirense, gosto é de peixe espada preto e budião , e por aquelas bandas os peixes usam pijamas. Não acreditam? Vejam:
Ainda não lhes falei da areia. Tenho medo que me chamem mentiroso. Chamar areia a uma coisa branca que mais parece farinha. Só de loucos:
Outra coisa a que não me habituei, foi à hora do por do sol. O sol põe-se cedo, às 18h00 e um tipo tem que ir tomar umas cervejas ou uns Gins tónicos para fazer passar o tempo até ir jantar, porque depois de um dia de trabalho a "larica" aperta.
E como me pediu a blueminerva dei um abraço no tubarão ( e fiquei com o beijo para mim) mas vim embora antes que servisse de refeição ao dito cujo:
E, principalmente, voltei com as saudades das minhas amigas e amigos. Prometo que tão cedo não volto a emigrar. Só para a semana vou experimentar 3 dias em Amsterdam, mas depois acabou-se. Até final de Maio não emigro mais. Não tenho espírito... já perceberam.
Um Abraço ...de saudades
Inquérito BBS
Família: Indispensável
Homem: Me myself and i
Mulher: A que se ama
Sorriso: De felicidade
Perfume: O que me oferecem
Carro: Confortável e suficientemente veloz (o meu, por exemplo)
Paixão: O meu filho
Amor: que seja incondicional
Olhos: que não enganam
Sal: Prefiro “picante” para não ficar “insonso”
Chuva: Odeio
Livro: Amor em Tempos de Cólera
Filmes: Cinema Paraíso
Músicas: As que nos fazem recordar...
Dinheiro: O suficiente para viver ...bem
Silêncio: Fundamental tantas vezes...outras ensurdecedor
Solidão: Necessária em alguns momentos
Flor: Antúrio
Sonhos: Ser capaz de sonhar
Cidade: Paris
País: Portugal
Não viver sem: Amigos
Nunca deixar de ser: Livre
Qualidades: Reconhecer que as tenho...
Defeitos: Pensar que tenho mais qualidades do que as que tenho na realidade
Gostos: Não se discutem
Não passarei: A vida a lamentar-me do que não fiz e podia ter feito
Detesto: Hipocrisia.... e o Purovic
Pessoa: Fernando
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Trabalho duro
Obrigado pela vossa compreensão e apoio.
Abraços e beijos...
terça-feira, 15 de abril de 2008
A Aliança
A primeira reunião teve lugar no Café do Museu, onde nos fomos conhecendo à medida que chegávamos. Conhecendo e bebendo umas imperiais... a blueminerva levou a água de casa, mas depois lá entrou no espírito da coisa e pediu o seu primeiro Compal de pêssego da noite. Foi aqui que comecei a conhecer aqueles que hoje considero amigos.
O Jorge era aquele que eu já melhor “conhecia”, ainda que virtualmente, pois já tinha visto a foto. É um rapaz sensacional, de uma elevada educação, culto, responsável, divertido e que para beber só cerveja, vinho tinto e Jameson...Tenho orgulho em dizer que hoje o considero amigo real.
A Su, é a personificação da alegria e da simpatia, tem um rir contagiante. A foto da mão com o anel (a foto que a identifica no seu blogg Marakoka) fez com que eu não me enganasse muito a respeito da sua personalidade...ou foi a telepatia que usámos para o concurso que fez com que não me tivesse surpreendido muito. Esperava uma pessoa muito parecida com a que encontrei. Felizmente acertei. Uma mulher bonita com classe que não admite maus humores perto dela...aliás, penso que perto da Su ninguém consegue estar de mau humor. Simplesmente fantástica.
A blueminerva é exactamente como a foto do blogg, se excluirmos as botas e a mini-saia... porque foi de calças. Foi em quem mais falhei na idealização que fiz de cada um dos participantes. Habituamo-nos a lê-la no blogg e criamos uma imagem que em muitos casos não correspondeu ao que conheci. É verdade que quando chegou ainda lhe saíram umas “caralhadas”, mas foram só duas ou três. É uma miúda muito bonita e elegante que tem a irreverência da idade, mas que é também sensível, alegre, divertida. Um mimo autêntico. É a pessoa que mais Compal bebe na Madeira. Penso que o importador de Compal para a Madeira fica a saber quando a blueminerva sai da sua terra....as vendas baixam.
O jantar foi divertidíssimo, com trocas de prémios, cada um contava algum episódio vivido, fomo-nos conhecendo aos pouco ao som da música e tomando whisky (eu e a Su) Jameson e Compal.
Fomos ao Café do teatro onde “conheci” a magnífica prima da Inês, sob a forma de poster, e conhecemos, como uma das fotos pode documentar, o grande amigo do Jorge, o Sr. Bombeiro. Claro que houve mais whisky, Jameson e Compal.
A noite acabou no local favorito do Jorge: O “Jam”. Eu acho que é pelo nome que o Jorge tanto gosta deste local, afinal tem quase o mesmo “sabor” que o Jameson de que ele tanto gosta. Estava eu e a Su de copo na mão ( o Jorge e a Nádia na zona de fumadores), quando chega uma rapariga, olha para a Su, olha para mim, e ao som da música começa a dar-me socos no peito...e eu deixei. Passou-se 1 minuto em que deixei que a rapariga me agredisse até que ela se foi embora, e então eu comentei com a Su: Tens umas amigas um pouco violentas. Ao que ela me respondeu: Amiga!?...não a conheço de parte nenhuma, julguei que fosse tua amiga. Conclusão: fui “agredido” por uma tipa que já tinha bebido tanto álcool como a Nádia tinha bebido Compal, e não sei quem era.
Ali acabámos a nossa primeira reunião da Aliança, ao som da música dos anos 80, de copo na mão, um pezinho de dança...e aí constatei a verdade do meu “amigo” : o melhor movimento feminino é o bambolear das ancas de uma mulher.
Para verem as fotos vão aqui:
http://shinobi-myasianmovies.blogspot.com/
Obrigado e até sempre Amigos ...Jorge, Nádia e Susana
terça-feira, 1 de abril de 2008
Touro Enraivecido
Minha tia era uma fanática ( e ainda hoje gosta muito) do Carnaval.
Era nossa vizinha a Srª. Francisquinha que tinha como empregado doméstico o Sr. José ...Cabeça de Bidé. É obvio que a parte Cabeça de Bidé era uma alcunha pelo formato que tinha a cabeça do Sr. Eu sempre pensei que antes de existir o Sr. José, não existiam bidés, porque tinha sido através da cabeça dele que tinha saído o molde para ser construído o primeiro bidé da história. O Sr. José tinha outra característica particular, era paneleiro (naquele tempo ainda não existiam o termo gay) e também gostava muito do Carnaval. Disfarçava-se sempre com o mesmo disfarce: Carmen Miranda., por isso, nos meios artísticos também era conhecido como Carmen Miranda. Quando eu tinha 5 anos, nesse Carnaval, minha tia decide mascarar-me. E eu não gostei nada da ideia, mas lá teve que ser....convenceram-me que ia de índio, minha tia lá confeccionou o fato...que era mais um vestido de cabedal, peruca com tranças pretas, cara pintada, colares de bugigangas... e fiquei eu convencido que era um autentico Touro Enraivecido em miniatura. A quem é que minha tia pede ajuda para me levar ao concurso no Ateneu do Funchal? Ao Sr. José Cabeça de Bidé. Lá fomos para o Ateneu, inscreveram-me no concurso... e azar dos azares ganhei o 1º prémio. Aqui começa a meu martírio. Quando anunciam o meu nome, quem me leva ao colo para o palco?...o José Cabeça de Bidé. O que diz o cabrão do apresentador? ...”e o primeiro prémio vai para esta magnifica e linda indiazinha”..... Estive a ponto de desmaiar...já estava no colo de um tipo conhecido por Carmen Miranda, tinha acabado de ser chamado de linda indiazinha.....e temi que o apresentador continuasse..... “que ainda na semana passada bordava candidamente sentada no jardim de sua casa”. Entrei no Ateneu como Touro Enraivecido...e saí como Raio de Luar. Nesse mesmo dia jurei que nunca mais na vida gostaria do Carnaval.

A minha única distracção desse Carnaval foi ver o Sr. José Cabeça de Bidé transformar-se em Carmen Miranda, com minha tia a ajudá-lo a colocar os mais de 30 kilos de fruta que uma cabeça daquelas tinha que levar para ficar compostinha, e ele depois a sair para o baile que se realizava na sede dos Estudantes Pobres bamboleando-se e cantarolando....”O que é que a baiana tem?”
segunda-feira, 31 de março de 2008
A Verdade das crianças...
Este episódio fez-me lembrar mais uma história do tal “amigo” italiano ( eu chamo sempre “amigo” a quem cito). Perante o Dr. Juiz uma Senhora apresenta queixa de um homem pelo facto de ele lhe ter chamado “camela”. O Dr. Juiz, dá um sermão ao homem dizendo que ele efectivamente não pode, pela lei, chamar camela à senhora, que é proibido e que tem que o multar. Então, o homem pergunta ao Dr. Juiz se chamar Senhora a uma camela é proibido por lei. O Dr. Juiz diz-lhe que não. Nesse momento, o homem volta-se para a queixosa, e inclinando-se ligeiramente chama-lhe “Senhora”.
Como eu gostaria de ter conhecimento desta história há 44 anos atrás.... Ter-me-ia voltado para a Dona Fulana e ter-lhe-ia chamado: Bonita
sábado, 22 de março de 2008
Amigos e Dicas
Numa pequena rua de Roma, onde existiam apenas restaurantes, o primeiro restaurante dessa rua, e para publicitar a sua casa, colocou um cartaz onde dizia “ O melhor Restaurante de Roma”. Claro que o segundo restaurante não fez a coisa por menos e colocou um cartaz dizendo “O melhor Restaurante de Itália”. O terceiro, já com a mania das grandezas, e porque não queria ser ultrapassado colocou no seu cartaz “O melhor Restaurante da Europa”. Obviamente que o quarto restaurante se mandou para fora de pé, e megalomanamente colocou num cartaz “O melhor Restaurante do Mundo”. Tudo estaria bem se não houvesse um quinto restaurante que ficava no fim da rua, e que por via de toda esta publicidade, começou a perder clientela. Mas o dono tinha um amigo, que trabalhava numa coisa que se chamava Marketing e Publicidade, e decidiu pedir-lhe ajuda. Chamou-o explicou-lhe o problema, disse-lhe que tinha pensado colocar um cartaz que diria que o seu restaurante era o melhor restaurante do Universo, mas que achava a ideia um pouco idiota e que por isso estava desesperado, provavelmente teria que fechar o estabelecimento porque não sabia o que fazer. O amigo publicitário acalmou-o e disse que o problema era de fácil solução. Bastaria colocar um cartaz com o seguinte “ Este é o melhor Restaurante desta Rua”.
Por volta dos meus 17 anos, tinha um amigo cujo pai era fotógrafo, desses que também fazem casamentos e baptizados e que nos dava as tais “dicas” importantes. Dizia-nos (eramos 3 ) esse nosso amigo: amanhã há um casamento com 170 pessoas (tinha que ter mais que 120) na igreja de S.Pedro e o copo de água no Jardim do Sol (já não me lembro dos nomes dos restaurantes e dos hoteis). Nós os três vestíamos os nossos únicos fatos colocavamos gravata e lá íamos para a igreja. Tínhamos que ir à igreja para ouvirmos os nomes dos noivos quando o padre dizia, e eles repetiam os votos de amor eterno: Eu, João Paulo aceito..... e eu Ana Cristina blá blá. O trabalho da igreja estava feito. Depois íamos no carro do pai do Ivo (que já tinha carta) seguindo o cortejo, buzinando, até ao local do comes e bebes que era o nosso objectivo principal....comer e beber à borla. Misturávamo-nos com o pessoal, a uns diziamos que eramos amigos do noivo ( ou seja do João Paulo) a outros que eramos primos da Ana Cristina ( a noiva não podia ter amigos)...e no final até dançámos com as verdadeiras amigas do noivo e primas da noiva. Foi um casamento espectacular. Ouve segunda dica, e lá fizemos tudo como sempre...igreja, cortejo e chegámos ao sítio do comes e bebes. Já estávamos alegres quando fomos confrontados com o noiva e a noiva em simultâneo...e claro fomos desmascarados como penetras. O noivo, como não queria problemas no dia mais feliz da sua vida, foi buscar uma garrafa de whisky “Vat 69” e disse-nos para irmos celebrar para outro sítio. Ainda lhe dissemos: um bom Vat 69 pra vcs também...logo à noite, e viemos embora. Não comemos nem dançámos...mas apanhámos uma grande bezana. A terceira e última vez...tudo igual, dica, igreja cortejo...só que foram tirar fotos para o Jardim do Museu das Cruzes e aquilo nunca mais acabava. Nós queríamos era beber e comer. Lembro-me que a festa era num hotel, já não sei qual. Entrámos havia uns empregados a servir umas bebidas foleiras, tipo espumante e sumo de laranja...e quando demos por nós estão a chamar para o jantar. Ao entrarmos para a sala, um senhor de laço pergunta-nos o nome para nos indicar a mesa. Era jantar com lugares marcados. A mesa? Perguntámos nós. Então o João Paulo (?) não lhe disse que nós não vínhamos jantar, só cá viemos dar-lhe um abraço e desejar-lhe felicidades, é que ainda temos outro casamento, temos que ir. E fomos, para a Concha comer um picadinho e beber uma imperial.
Outro amigo e outra dica era-nos dada por um rapaz que trabalhava na recepção de um hotel: hoje chega um grupo 6 suecas. Eu com 17 anos e o Toni com 24 lá nos vestíamos à pipi e íamos para a recepção do dito hotel esperar pelas suecas para servir-lhes de “guias e intérpretes”. Confesso que só fui uma vez. O Toni como era veterano, e nisto a antiguidade é um posto...escolhia primeiro. Escolheu e calhou-me a amiga que era sempre menos bonita. A dele era efectivamente sueca, a minha era checoslovaca que vivia na Suécia. Fomos jantar, discoteca...e claro, fomos para o hotel. Era a minha primeira internacionalização. Resumindo....fui completamente trucidado por aquele vulcão de 25 anos vindo do frio. Em linguagem futebolística podia dizer que já perdia por 5 – 0 ao intervalo. Rapidamente verifiquei que aquela checoslovaca tinha muito mais de vaca que de checa.
Estes são alguns exemplos da verdadeira utilidade dos amigos: dar dicas. Há quem diga que os amigos verdadeiros são aqueles que nas subscrições assinam em primeiro lugar para oferecer uma coroa de flores. Eu prefiro os outros os que me dão dicas em vez de coroas de flores
terça-feira, 11 de março de 2008
Paixão eterna
Dá-se o 25 de Abril, e foi a revolução, não a dos cravos, a dos corações. Em 1974 vou para o antigo 6ª ano do Liceu e... eram aulas mistas. Era à “fartazana”. Nunca mais prometi paixões eternas, mas aprendi que é necessário prometer qualquer coisa a uma rapariga/mulher: seja amor, felicidade, fidelidade, divertimento, prazer.... só mais tarde descobri que carros e jóias também servem. Enfim caprichos. Em 77 venho para Lisboa para a faculdade e lembro-me de ter chegado atrasado à minha primeira aula. Bati à porta e entrei...entrei no paraíso. Era uma turma com 28 raparigas e 2 rapazes...eu era um deles. Acho que só de ver ...tive um a congestão. Foram tempos loucos. E lá fui eu de promessa em promessa até que houve uma, a quem lhe prometi o que prometia a todas as outras, mas que passado uns tempos me pediu que essas promessas passassem para um papel e fossem assinadas numa qualquer conservatória do Registo Civil de Almada. E eu assinei. Foi há mais de 26 anos, e continuo a respeitar essas promessas.
Tudo isto me faz lembrar o tal meu amigo que dizia “ A grande diferença entre um capricho e uma paixão eterna, é que o capricho dura mais tempo” ...no meu caso dura há 26 anos, mas já há o outro amigo que já me vai avisando: cuidado, dura enquanto dura dura...
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Mentira
Sou um amante do paradoxo. Um dos mais belos que conheço tem a ver com o deliberado erro de proporções.... Marco Aurélio num final de tarde, relaxando nos jardins do seu palácio e ouvindo o canto de um pássaro disse “Quisera ser um rouxinol, mas Deus fez-me um simples Imperador”. Eram outros tempos, não havia Renaults, nem pistolas....
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Sporting
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Luciana
Acontece, caros amigos, que em Fevereiro se dá a transferência do ano no mundo editorial: a Luciana Abreu transferiu-se da TV 7 dias para a FHM...e logo para a capa. Uma lufada de ar fresco. Para quem não sabe, a Luciana Abreu é quase a mesma pessoa que fazia de Floribela (aquela personagem atrasada mental, que vestia de um modo atrasado mental numa novela de atrasados mentais). Digo “quase a mesma pessoa” porque a nova Luciana tem mais 2 kilos.... de silicone. Abençoados kilos. Nessa edição da FHM, aparece-nos uma Luciana sensual, madura, bonita, boa como o milho.
Li, passados 3 dias, que a SIC a tinha despedido pelo facto de ela ter aparecido “naquela figura” na FHM. Não sei quem a despediu, mas posso calcular. Foi a mulher do Director de Programas da SIC... por pura ciumeira. Podem vir agora com a argumentação que a Luciana com este novo “look” já não é querida pelos miúdos. Eu gostaria de fazer o seguinte teste: agarrava num puto de 10 ou 11 anos e mostrava-lhe duas fotos, uma com a Floribela e outra com a Luciana Abreu na capa da FHM, e gostava de saber qual delas ele gostava mais. Se dissesse que era da Floribela, e fosse meu filho, levava logo um par de galhetas e estava no dia seguinte no consultório de um psicólogo qualquer. De pequenino é que se torce o pepino...
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Amor
Fomos jantar à Marina do Funchal a uma pizzaria de uma amigo e calhou, puro destino, que quem servia a nossa mesa era uma rapariga muito bonita. Ela ia e vinha, e eu não deixava de olhar para a mulher e, de cada vez que ela passava, eu fazia um comentário sobre ela (abonatório, obviamente) ao meu amigo Quim. Ele foi ouvindo, pensando que quem falava já era mais o nosso amigo comum J&B mas, chegou um momento em que ele, depois de mais um piropo meu em relação à rapariga, me disse: “Parece que o marido também está muito satisfeito com ela”. Isto é, o Joaquim, educadamente, deu-me uma informação: a de que ela era casada... e que, pelos vistos, o marido estava satisfeito com ela. O que ele não adivinhou foi que eu não queria aquele tipo de informação, queria exactamente a informação contrária. Queria saber se “ela estava muito satisfeita com o marido”, porque como dizia um outro “amigo”: “A necessidade de amor neste mundo é tanta que algumas mulheres amam até os próprios maridos”. Eu só queria saber se ela era uma dessas mulheres....
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Frank Muller
Isto serve para caricaturar o país que vivemos, ou seja, não só vivemos acima das nossas possibilidades, mas em alguns casos, gostamos de demonstrar que vivemos. O “desgraçado” que “só” vive acima das suas possibilidades porque quis uma casa com mais uma assoalhada, que tem um plasma e um home-cinema de último grito, uns electrodomésticos tipo hotel 5 * etc., etc. e que, por isso, 90% do seu rendimento é para pagar as várias prestações das dívidas, não demonstra no seu dia a dia que vive acima das suas possibilidades. Pode gabar-se no emprego, mas à primeira vista não demonstra. Depois há os outros, aqueles que, para além de tudo o que foi dito antes, têm que demonstrar para o “exterior”... são os que compram (com os restantes 10% do rendimento) pólos com crocodilos com medo da água, que à primeira lavagem o pólo sai da máquina sem o “bicho”...têm o carro “turbo” (ou “turbulento”) , os óculos Prada da Feira de Carcavelos, o Rolex (ou Lolex) de ouro (ou dourado)....etc etc. Confesso que embirro mais com estes que com os primeiros.
Acho que tudo é uma questão de prioridades na vida. Eu se tiver dinheiro e me apetecer comprar a Lacoste, compro, mas compro a verdadeira com crocodilos que gostam da água...como deve ser (mas se tiver que escolher entre o polo e livros e DVD's, não compro o polo). Prefiro gastar dinheiro a viajar que a comprar Rolexs em ouro ( para além de que fica mais barato) etc. etc.
Há uns dias, um grande amigo esteve na China . Quando chegou ofereceu-me algo fantástico: um relógio Frank Muller. Eu que não percebo nada de relógios, vim a saber que o Frank Muller mais barato custa mais de 10.000 € (valor que eu jamais, em tempo algum, gastaria num relógio). Aquele que o meu amigo me ofereceu, e segundo as suas próprias palavras, é tão perfeito que até parece verdadeiro.
Agora, estou no dilema, ou me “transformo” num daqueles “profissionais” da Feira de Carcavelos que acabo de criticar e uso o relógio, ou faço infeliz o meu amigo e não o uso. Para já resolvi o problema: só uso o Frank Muller quando sei que vou estar com o meu amigo...
"Flagra"
www.shinobi-myasianmovies.blogspot.com/ (do meu amigo virtual Jorge Soares ) e o http://cineasia.blogspot.com/ (principalmente os Posts da Helena F.), o que a maioria não sabe é que sou um cinéfilo de “trazer por casa”, ou seja, não vou ao cinema, vejo os filmes em casa nessa maravilhosa invenção que é o DVD. E porque é que não vou ao cinema, sendo cinéfilo? Porque não gosto de horários. Não gosto de condicionar toda a minha vida por horários, e então tive que seleccionar aquelas “actividades” em que me é impossível modificar as horas a que tenho que estar presente. São principalmente duas: os encontros combinados (não faço ninguém esperar por mim...mas dificilmente espero por alguém mais que 15 minutos) e o futebol. Pois é, o futebol que, tal como o cinema, tem horários rígidos, e eu também gosto muito de futebol . No futebol não se coloca o problema da ida ou não ao estádio, “podias ver em casa, na TV” dizem vcs, pois podia...mas seria sempre às 19:45h...então prefiro ir ao estádio. No cinema é diferente. No cinema o filme começa às 21:30...,mas em minha casa começa às horas que eu quero no dia que eu quiser, com quantos intervalos me apetecer. Guardarei as minhas saídas culturais (com hora marcada) para as minhas idas ao teatro...
Tudo isto vem a propósito de um comentário que eu fiz, a um Post da Helena, no Cine Ásia, sobre o novo filme do Ang Lee “Lust, Caution (Se jie)” que estreou esta semana em Portugal, mas que eu dizia que era o filme que mais aguardava que saísse no Clube de Vídeo mais perto de minha casa. A Helena, como boa cinéfila, aconselhou-me a vê-lo no cinema porque ela é uma “defensora das salas escuras e do grande ecran”. Eu podia ter-lhe argumentado que tinha em casa um desses “Home Cinema” XPTO, com um LCD de não sei quantas polegadas e muitas letras Hdi...mas esta mente perversa, quando leu “salas escuras e do grande ecran”, recuou 30 anos no tempo e lembrou-se, não do que via...mas do que fazia....”No escurinho do cinema....” . Ai Rita Lee, Rita Lee.... e o teu “Flagra”. De repente deu-me uma nostalgia....
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Banif
Sou um grande admirador de um senhor que já morreu há mais de 20 anos (em 1975)e que se chamava Pitigrilli. Este senhor era um jornalista e romancista italiano que ainda viveu no século XIX(nasceu em 1893) mas que era muito adiantado para o seu tempo, no meu ponto de vista, obviamente. Li tudo o que dele foi publicado em Portugal e devo dizer que sempre gostei mais dele como cronista que como romancista. Na primeira metade do século XX, Pitigrilli, numa das suas crónicas escreveu sobre esse “novo” fenómeno de então, que era a publicidade e defeniu-a assim: “Publicidade é dizer a verdade tornando-a bela”. Sempre adorei esta frase. Tentava, na publicidade que via, lia ou ouvia, ver o quanto de verdade tinha a definição de Pitigrilli. E havia muitos casos que se aplicava. Quem não se lembra de frases como “ A sede que se deseja” para publicitar uma cerveja, ou “Tão natural como a sua sede” para uma água mineral...? Com o passar do tempo achei que cada vez mais a verdade, a que se referia Pitigrilli, foi deixando de existir na publicidade, mas em alguns casos se mantinha alguma beleza.
Tudo isto para dizer que o tal anúncio do Banif me deixou baralhado. Houve uma inversão, no meu ponto de vista. Deixou de haver a beleza (porque o anúncio nem é belo)...mas será que voltou verdade ? “Se é cliente do Banif, acredite, é uma Besta”...estou a exagerar, “ Abra conta no Banif e ambicione em transformar-se em Meia Besta”..afinal o Centauro é meio homem meio besta. Eu, por via das dúvidas, ainda não vou abrir conta no Banif.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Pénis
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Ego
O Freixo de Espada à Cinta Futebol Clube queria inaugurar o seu campo relvado e a nova bancada para 2000 pessoas. Lembraram-se de convidar o Benfica para abrilhantar a festa com um jogo de futebol amigável e, como o Freixo de Espada à Cinta Futebol Clube é a filial 37 do Benfica, este aceitou. No grande dia, o dia do Jogo, as bancadas estavam repletas de gente, havia um ambiente de festa. As equipas entraram em campo sob um nevoeiro tremendo. Lá escolheram o campo, cada equipa tomou o seu lugar no terreno mas, mesmo antes de começar a partida, o árbitro chamou os 2 capitães de equipa e disse-lhes :” O nevoeiro é tanto que só temos uma visibilidade de 2 metros, proponho que desçamos até às cabines e esperemos algum tempo até que o nevoeiro levante” . Assim fizeram as 2 equipas, enquanto nas bancadas a festa continuava. Confraternizavam os jogadores das 2 equipas (não é todos os dias que o Benfica vai jogar a Freixo de Espada à Cinta) quando alguém dá por falta do Arnaldo. O Arnaldo era o Guarda Redes do Freixo Futebol Clube. Onde está, onde andará...até que alguém perguntou se terão dito ao Arnaldo que o jogo nem iria começar. Tozé, o capitão da equipa, sobe ao relvado e dirige-se à sua baliza. Lá estava o Arnaldo debaixo dos postes em atitude felina. O Tozé diz-lhe: “Ó Arnaldo desculpa lá, estamos nas cabines há 15 minutos, o jogo nem começou por causa do nevoeiro e o pessoal não te avisou”. O Arnaldo só lhe repondeu: “ Eu bem que estava a estranhar o massacre que estávamos a dar ao Benfica... ainda não tinha feito nenhuma defesa”.
No início da década de 80, trabalhava eu na Shell, fui, como todos os dias, apanhar o metro na Estação do Marquês de Pombal. Estava um dia de chuva, feio, mas era um dia como outro qualquer. Estava eu na plataforma à espera do metro e reparei que toda a gente que passava olhava para mim. Sentia-me lindo. Havia naquela altura um anúncio na TV, a um sabonete, com a voz da Ana Zanati, que ela dizia “quando vc se sente bela, os outra acham-na ainda mais bela”..e eu lembrei-me que naquela manhã tinha gostado do que tinha visto ao espelho, por isso, e fazendo fé nas palavras da Zanati, o pessoal estaria todo a achar-me ainda mais belo. Cheguei a temer que o meu ego, de tanto crescer...rebentasse. Estávamos nisto quando chega o metro e eu para entrar na carruagem tive que fechar o chapéu de chuva. Tinha estado 10 minutos na estação do metro de chapéu de chuva aberto. Não admira que toda a gente olhasse para mim, mas não houve 1 pessoa que se chegasse perto e me tivesse avisado de tal anormalidade...provavelmente com medo, um tipo com chapéu de chuva no metro só podia ter fugido do Júlio de Matos.
Ontem, vou a entrar num Centro Comercial, chuvia, e um velhote entra no Centro de chapéu de chuva aberto. Eu dirigo-me ao velhote e alerto-o para a situação, facto que ele me agradeceu muito. Depois começei a pensar ...e acho que não o devia ter feito.
O Arnaldo sentiu-se o Vitor Baía de Freixo de Espada à Cinta, durante 10 minutos.
Eu, senti-me o Richard Gere de Carcavelos, durante 10 minutos.
...e não dei a hipótese ao velhote de se sentir o Robert Redford de Oeiras...nem que fosse durante 5 minutos. Isto não se faz...
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Gadget
O Borges era um vendedor, à moda antiga, que vendia na província, visitava os armazenistas e as mercearias, ainda não havia Cash & Carries nem Hipermercados. O Borges tinha a 4ª classe, mas tinha também o dom da palavra. Em todas as reuniões de vendas lá estava todo o pessoal a picar o Borges para que “botasse” discurso, e ele não se fazia rogado.Discursava.
Um ano ( por volta de 1990), uma das viagens incentivo que demos à Força de Vendas foi a Nova Yorque, e claro que um dos participantes era o Borges. Eramos uns 30, entre Marketing, Vendas e Direcção da Empresa e fomos fazer um “tour” pela cidade. Parámos no World Trade Center, e saímos mesmo na entrada das Torres Gémeas. Convém dizer que o Borges é daqueles que não gostava de estar calado, gostava de emitir sempre a sua opinião. Quando saímos do autocarro de turismo, deparámo-nos com aquele espectáculo das 2 Torres. Só se viam os pescoços a subir a subir até alcançar o topo daqueles 2 edifícios magníficos...num silêncio de admiração fantástico. Nesse momento ouve-se o Borges a dizer...” O que é a natureza!!!!”
Lembrei-me do velho Borges quando meu filho me mostrou aquele Gadget.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Computadores
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Reunião com a merda
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Sexo virtual
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Lider de Mercado
Enfim, faz-me lembrar o Álvaro Cunhal que transformava qualquer derrota em vitória.
No inicio da minha vida profissional fui Gestor de Produto numa multinacional, e quando nos chegavam os estudos de mercado para analizarmos as "quotas de mercado", e víamos que o "nosso" produto não era líder... dizíamos que o estudo estava mal feito, porque tinha comparado "alhos" com "bogalhos", ou seja, o nosso produto tinha sido comparado com outro que não era bem bem igual ao nosso.... O nosso tinha 275 cc cúbicos (o da concorrência tinha 280 cc)...o nosso era rosado (o da concorrência era lilás)... o nosso tinha fragrância de rosa ( o da concorrência era Lavanda)...etc., etc.. Concluindo: O meu produto era lider de mercado destacadíssimo nos Ambientadores com 275cc; com embalagem rosada e fragrância de rosa... o que não tinha nada a ver com essas porcarias que fazia a concorrência, com 280 cc, lilás e cheirando a lavanda que até pareciam Ambientadores.
Estou à espera que venha o jornal "O Jogo" dizer que é lider dos jornais desportivos com 29 cms x 40 cms, com 40 páginas e na faixa etária entre os 53 anos dez meses e 4 dias e os 53 anos dez meses e 5 dias. Depois queixam-se quando lhes chamam "Markatangas" em vez de "Marketeers"...