terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Amor

Numa das muitas viagens que fiz à Madeira, uma noite, ainda antes do jantar, e na companhia de J&B, eu e o “amigão” Joaquim da Luz, (que para além de pintor, também é filósofo quando quer) falávamos sobre o amor.... que Platão devia estar a dar voltas na campa, já que o “seu” amor , o “amor platónico”, estava a ser substituído pelo “amor virtual”, que no fundo ambos se distanciam da realidade e se misturam com a fantasia,..blá blá....etc. etc.

Fomos jantar à Marina do Funchal a uma pizzaria de uma amigo e calhou, puro destino, que quem servia a nossa mesa era uma rapariga muito bonita. Ela ia e vinha, e eu não deixava de olhar para a mulher e, de cada vez que ela passava, eu fazia um comentário sobre ela (abonatório, obviamente) ao meu amigo Quim. Ele foi ouvindo, pensando que quem falava já era mais o nosso amigo comum J&B mas, chegou um momento em que ele, depois de mais um piropo meu em relação à rapariga, me disse: “Parece que o marido também está muito satisfeito com ela”. Isto é, o Joaquim, educadamente, deu-me uma informação: a de que ela era casada... e que, pelos vistos, o marido estava satisfeito com ela. O que ele não adivinhou foi que eu não queria aquele tipo de informação, queria exactamente a informação contrária. Queria saber se “ela estava muito satisfeita com o marido”, porque como dizia um outro “amigo”: “A necessidade de amor neste mundo é tanta que algumas mulheres amam até os próprios maridos”. Eu só queria saber se ela era uma dessas mulheres....

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