quarta-feira, 8 de julho de 2009

Pretoguês

Comprei mais uma máquina fotográfica digital pela net. É sempre no mesmo site, que é alemão, e sempre funcionou fantasticamente. Este site está traduzido, ou tem uma página em português, e por isso, e uma vez que vou de férias muito proximamente, enviei-lhes um mail a perguntar se eles tinham uma previsão para a entrega da dita máquina. Mandei em português e em inglês. Eis a resposta que recebi em português:

Oi Duarte :-)!!!
Agradecimentos muito do seu e-mail! (O Tibúrcio não diria melhor)
Dê as boas-vindas novamente a DigitalXXXXXXXX :-) ( oXXX foi para ocultar o nome do site… e eu é que tenho que repetir as boas vindas )
Por favor esteja tão bonito (adoro esta parte em que me pede por favor para estar bonito) e aceite o meu appologizes do atraso da sua ordem. (appologize aceite)
É muito bonito ter notícias de você, ( lindo, vieram-me as lágrimas aos olhos )
Somos os meados no negócio sumer. (negócio sem meados, não é negócio sumer)
Estamos 100 % seguros que será capaz de manter a próxima semana (vou tentar manter) a sua nova câmera nas suas mãos :-)
Esperarei que seja muito okey para você :-) (está muito okey para mim)
Obrigado pela sua paciência até do que :-) (se passasse um pouquinho do “até do que” teria perdido a paciência)
Esperamos que isto seja útil para você. (é útil para escrever no blogg)
Se você tiver mais longe perguntas por favor vai (ok, irei para longe…fazer perguntas), o nosso porta está sempre aberta para você (ainda bem, para eu poder sair).
Todos nós desejamos você e a sua família ( isto de desejarem a minha família é que está mal) um tempo muito bonito :-) (também eu, até porque vou de férias)
As melhores considerações
(fiquei comovido)

terça-feira, 30 de junho de 2009

A "Aliança" parte 2

Um ano e uns meses depois, a Aliança (Nádia, Su e Nuno) voltou a reunir-se com o Jorge Shinobi pelos mesmos motivos de outrora: a entrega de um prémio. Voltámos a receber o 1º prémio, mas agora do 2º Concurso do My Asian Movies . Voltou a ganhar a Aliança e voltámos a encontrar-nos no sítio do costume: o Café do Museo. É impressionante como passado um ano, o único que tinha envelhecido era eu, ou seja, a transmissão de pensamento só afecta o receptor. Desta vez fui eu o primeiro a chegar, e por isso, tive o privilégio de ver a aproximação da colorida e bela Nádia e depois da louraça e linda Su. Com a desculpa dos altares de S. João, o Jorge foi o último a chegar, mas trazia o prémio…e o diploma. Notou-se o que pode fazer o passar do tempo, ainda que não se notasse fisicamente, a Nádia já não aguenta metade do Compal que aguentava, afinal já tem 30 anos, e a Su depois do jantar foi para casa descansar. Até eu dispensei o Jam. Quem continua em grande forma é o Jorge


O Jantar decorreu no Restaurante Paraíso Imperial, que estão preparados para celebrações especiais, como Crismas, Divórcios e entregas de prémios, e têm o Canal Benfica “para que o bom desportista disfrute do prazer de uma boa comida com o respectivo acompanhamento desportivo”. Posso dizer que comemos bem. Eu matei saudades do bife de atum, mas, uma vez mais, deu para entender que a Nádia já não aguenta a bebida como aguentava. Ficou-se por um Compal…nem ao segundo chegou. No final do jantar, o simpático dono ofereceu-nos um “digestivo” caseiro com um teor alcoólico de uns 130º, ( tive que ter cuidado ao acender o cigarro com medo que os “vapores” explodissem ).



Depois do jantar veio a entrega do prémio, que eu recebi em nome da Aliança, e veio também o desafio do Jorge para que eu defendesse este título no próximo concurso a ser lançado em 2009. Digo sempre que não. A Su continua com a alegria contagiante do costume, mas infelizmente não pôde acompanhar-nos depois do jantar. Os três resistentes ainda foram tomar um copo ao “Chega de Saudade” mas a Nádia, uma vez mais, levou a bebida de casa, ou seja uma garrafa de água. Acabámos, eu e o Jorge no Café do Teatro a tomar o meu último copo da noite, enquanto a viagem de férias do amigo Shinobi era preparada ao mais ínfimo pormenor com os companheiros de aventura.

É sempre um prazer estar com estes 3 amigos, e às vezes penso que concorro, e tento ganhar, os concursos do My Asian Movies, só pelo prazer de poder estar com eles.

Que venha o 3º Concurso …

Beijos e Abraço

Nuno




sexta-feira, 10 de abril de 2009

Eusébio e Arnaldo

Relembro que tenho cinco irmãos, 2 rapazes e 3 raparigas, se juntarmos os meus pais, éramos 8 pessoas lá em casa e a máquina de lavar não dava vazão à roupa de 6 crianças/adolescentes que, naquela altura, na década de 70, brincávamos na rua. Para resolver este problema, lembro-me que minha mãe recorria aos serviços de uma lavadeira, a Luísa, que morava em Santa Maria, na zona velha, bem perto do saudoso campo de futebol do Marítimo, o Campo Almirante Reis. No verão havia sempre um ou mais torneios de futebol para miúdos a rondar os 12 a 14 anos com equipas de bairros, equipas menos “famosas” que os habituais Marítimo, Nacional e União. Lembro-me do Alma Lusa e do Pátria, por exemplo. Eu oferecia-me sempre para ir com meu pai entregar, ou levantar, a roupa a casa da Luísa já que aproveitávamos e víamos um pouco dos jogos dos miúdos. Acontece que a Luísa era louca por futebol e tinha um filho chamado Eusébio que jogava numa dessas equipas que participava nesses torneios. Era um espectáculo assistirmos, eu e o meu pai, junto da Luísa, a um jogo em que jogasse o dito Eusébio. Era ouvi-la gritar quando o filho tinha a bola nos pés:
-Corre seu filho da puta; passa a bola seu filho da puta…
Depois, voltava-se para meu pai e dizia:
-Desculpe Sr. Joel, mas tenho que gritar com este filho da puta que saiu molengão como o cabrão do pai.
Era um fartote de rir…
Mas a diversão não ficava por ali. Havia em todos os jogos um homem (que não me lembro do nome) que estava sempre bêbado e que fazia o relato do jogo, tal qual estivesse a trabalhar para a Antena 1. O relato era sempre o mesmo:
- Arnaldo tem a bola, passa mais para o centro do terreno para Arnaldo, este, recebe com o peito, e de primeira, vira para a esquerda onde está Arnaldo desmarcado que corre pela linha lateral, finta o adversário e centra para a área, para a cabeça de Arnaldo que amortece para Arnaldo rematar com o pé esquerdo e….é GOOOOOLOOOOOOO de Arnaldo.
Que jeito me dava agora um Arnaldo destes no Sporting…

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

"A Whiter Shade of Pale"

Vinha eu para casa um dia destes e começo a ouvir no rádio do carro a música "A Whiter Shade of Pale" dos Procol Harum. Recuei no tempo uns bons 35 anos e recordei com agrado os meus tempos de liceu, mas principalmente os bailes de garagem, muito em voga depois do 25 de Abril. Havia um “disc jockey” improvisado ( tira single, coloca single… de 45 rotações e de vinil), um tipo responsável pelas luzes…que as acendia se vinha algum dos donos da casa…e as apagava se começava a tocar o "A Whiter Shade of Pale”, por exemplo.

As raparigas daquela época começavam a libertar-se, mas algumas eram ainda eram muito pudicas, e mesmo as que estavam ali porque o namorado estava, ou para arranjar namorado, se ao dançarmos o slow, as apertássemos um pouquinho mais, elas ficavam nervosas e fugiam do “animal”, chegavam-se para o lado contrário não fosse o “bicho” morder-lhes. Eu, e alguns malucos como eu, tínhamos uma táctica para as apanhar. Arranjávamos um rolo interior do papel higiénico, dobrávamo-lo e metíamos no bolso das calças. Ficávamos uns autênticos John Holmes de trazer por casa. Quando começávamos a dançar, ela sentia aquele enchumaço e, como pudica que era, discretamente chegava-se para o lado contrário…onde estava o verdadeiro “animal”…o “bicho” à espera dela. Ganhávamos os dois, nós, os rapazes, tínhamos sentido o que queríamos sentir, e elas tinham fugido do que queriam e deviam fugir.

Ainda hoje penso se não haverá alguma mulher na Madeira que pensa que eu tenho dois animais. Algumas ficavam intrigadas…

Hoje o telemóvel podia substituir o rolo de papel higiénico…só que hoje não se dança o "A Whiter Shade of Pale", e se dançássemos seriam elas que procurariam o “animal”…o “bicho”. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…e ainda bem.

domingo, 14 de setembro de 2008

Mentira

Afinal foi mentira, dizem vcs, ainda não foi desta que ele desistiu. Pois menti, mas menti sem saber que estava mentindo. Há quem minta conscientemente...como a Rute. A Rute era uma antiga amiga do hi5 que, de vez em quando, também comunicávamos através do Messenger.
Passo a transcrever o último diálogo que mantivemos... parece surrealismo:

-Parece-me que a tua foto do perfil é um pouco antiga, não tens nenhuma mais recente? ...dizia eu.
-Por acaso tenho uma bem recente....vou mandá-la. E a Rute manda-me a sua foto recente...e eu recebo.
-Não quero conhecer tua mãe, quero conhecer-te a ti.
-Parvo, sou eu.
-ups....estava a brincar, até estás parecida com uma actriz de cinema.
-Uau, qual?
-Com a Zsa Zsa Gabor...
-Não conheço...
-Mas devias, devem ter nascido pela mesma altura... Bem, Rute o que eu queria dizer-te é que a tua foto do perfil parece a foto da primeira comunhão (gosto de exagerar nestes casos para dar mais ênfase à “coisa”).
-E é ...
-Hum... Como?
-Sim, foi tirada no dia da primeira comunhão do meu filho.
-Ah bom...e quantos anos tem o miúdo?
-Acabadinho de fazer 30
-Oh Rute, vai-te lixar...tens um filho com 30 anos e dizes no perfil do hi5 que tens 40 !!!!!!
-Oh pá, eu estou no hi5 desde o início, e nunca me lembrei de actualizar a idade.
-Rute, o hi5 existe há uns 4 ou 5 anos, e a idade é automaticamente actualizada.
-Como assim?
-No dia do teu aniversário o computador actualiza a tua idade, somando mais um ano
-Ah, então deve ser o meu computador que está avariado. Olha vou desligar para levá-lo a arranjar.
-Isso Rute, mas quando deixares o computador a arranjar, deixa também a tua cabeça, só para eles afinarem um pouquinho...


Depois, há aqueles que preferem que lhes mintam desde que isso os afaste da dura realidade. Dou como exemplo uma das mais sensacionais súplicas de amor... Quem viu o filme "Johnny Guitar" lembrar-se-á:

Johnny: How many men have you forgotten?
Vienna: As many women as you've remembered.
Johnny: Don't go away.
Vienna: I haven't moved.
Johnny: Tell me something nice.
Vienna: Sure. What do you want to hear?
Johnny: Lie to me. Tell me all these years you've waited ...
Vienna: All these years I've waited.
Johnny: Tell me you'd have died if I hadn't come back.
Vienna: I would have died if you hadn't come back.
Johnny: Tell me you still love me like I love you.
Vienna: I still love you like you love me.
Johnny: Thanks. Thanks a lot.


...e há os que têm um ego que necessita de massagens...


...e eu digo-vos: Lie to me.
e vcs dizem-me: We like to read you.
...e eu digo-vos: Thanks. Thanks a lot.

sábado, 6 de setembro de 2008

FINITO...



THE END...

FIM...

FINAL

FIN...

FINE...

末端

Tudo o que sobe ...desce

Tudo o que entra ...sai

Tudo o que começa...acaba

Cada vez tenho menos inspiração, menos tempo e menos leitores. Não faz sentido continuar.

Agradeço a todos os que me leram e comentaram os posts. Fiz amigos e, só por isso, valeu a pena ter criado o Nunices...

Continuarei a visitar as vossas "casas" e a deixar os meus comentários.

Como disse a "blueminerva", pode ser que algum dia renasça da cinzas...qual Fenix, completamente anónimo.

Beijos e Abraços
Nuno

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Roleta Russa

Ele há coisas que só lembram a um “tinhoso”. Lembrei-me desta história porque vi um filme em que havia uma cena com “roleta russa”. Eu também já “pratiquei” uma "espécie” de “roleta russa” ....sem pistolas nem balas. Com “Pilas”. É verdade, e não se trata do sexo oral sendo uma das mulheres canibal. Estávamos com uma congestão de liberdade, já que o 25 de Abril tinha sido apenas há uns meses e eu estava no antigo 6º ano do Liceu na “época” 1974/75. Era nesta época que se faziam RGA’s para saber se convocávamos RGA’s. O que importava era sentirmos que tínhamos liberdade e julgar que podíamos fazer com ela o que nos desse na real gana. Por isso fazíamos as tais roletas russas nos intervalos das aulas...e das RGA’s. Lembro-me que havia uma espécie de jardim no lado esquerdo de quem entrava no Liceu, e aí nos reuníamos, só os rapazes da turma, obviamente, para esta espécie de roleta russa. Em que consistia? Há um jogo popular que se chama “as moedinhas”, ou “milhada”, se for na Madeira, em que cada participante tem 3 moedas para jogar, todos escondem um Nº de moedas no punho visível (de 0 a 3) , e tenta adivinhar a soma exacta de moedas de todos os participantes dessa jogada. Quem adivinha, ganha e sai do jogo. Nós éramos uns 10 ou 12, tirávamos todos a pila para fora e começava a nossa “roleta russa”, que é como quem diz, começávamos o jogos da “moedinha” e quem ganhava, metia a pila para dentro, e saía do jogo...aliviado por ter menos probabilidades de ser apanhado em flagrante delito por um professor, contínuo, ou mesmo por uma rapariga mais pudica que lançasse o pânico nas hostes. Desgraçados dos últimos dois que ficavam em jogo... Naqueles momentos pensava: ainda bem que houve o 25 de Abril, isto sim é liberdade, estar de pila à mostra no pátio do Liceu. Ele há coisas que só lembram ao Diabo... ou a mim.